Xiomara e seu filho paralisado se mudarão para sua casa Habitat nas festas de fim de ano

Esquerda: William antes do acidente com sua mãe, Xiomara. À direita: William se recuperando no hospital.
Nos últimos três anos, William tem ficado confinado em seu quarto.
O homem de 30 anos sofreu um acidente catastrófico de motocicleta em 2018 que causou uma lesão cerebral traumática e paralisia. Sua mãe, Xiomara, esteve ao seu lado durante os cinco longos meses de recuperação no hospital e tem sido sua cuidadora desde então, tendo que reduzir suas horas de trabalho pela metade para cuidar dele.
Mas seu apartamento apertado não comporta a cadeira de rodas e o equipamento médico de William, o que a deixa sem escolha a não ser mantê-lo no mesmo cômodo a maior parte do tempo.
Tudo isso mudará em breve. Xiomara está pronta para fechar a compra de sua nova casa acessível na comunidade Juniper Bend da Habitat for Humanity Greater Orlando & Osceola no final de dezembro.
O departamento de construção da Habitat modificou a planta baixa de sua casa para remover a parede divisória entre o segundo e o terceiro quartos e formar um quarto grande. Eles também substituíram a banheira por uma ducha e acrescentaram uma rampa na porta dos fundos. A porta da frente é uma entrada sem degraus, que já é um recurso padrão em todas as nossas casas.
"Converso com William todos os dias e mostro a ele as fotos (da casa que está sendo construída)", disse Xiomara por meio de um tradutor. "Eu digo a ele: Logo estaremos em nossa casa. Você não vai mais viver apenas em seu quarto."

Xiomara tirou fotos do progresso de sua casa que está sendo construída em Juniper Bend, em South Apopka.
Décadas de superação de obstáculos
A mãe solteira de quatro filhos se mudou de Porto Rico para a Flórida Central há 25 anos. Ela se dedicou ao trabalho, às vezes tendo dois ou três empregos ao mesmo tempo, enquanto tentava melhorar seu inglês. Alguns de seus empregos incluíam operador de máquina, técnico de manutenção e proprietário de empresa de limpeza.
Mas após o acidente de William no dia de São Patrício em 2018, ela se dedicou a cuidar dele. Ela encontrou um emprego em que podia trabalhar quatro horas por dia. Todos os dias, ela se levanta às 4h30 da manhã para cuidar de William e depois vai para seu trabalho, cuidando de um idoso acamado, enquanto seu outro filho fica com William.
Ela estava conseguindo trabalhar, mas a falta de espaço em seu apartamento estava se tornando cada vez mais frustrante. Em 2019, quando um amigo recomendou que ela se inscrevesse no programa de aquisição de casa própria da Habitat Orlando & Osceola, ela aproveitou a oportunidade. Mas sua inscrição foi negada porque sua pontuação de crédito não atendia ao requisito mínimo.
Felizmente, Liz Alicea-Madera, vice-presidente de Serviços de Programas da Habitat Orlando e Osceola, disse a Xiomara que ela não achava que aquele seria o fim de sua jornada. Ela pessoalmente aceitou Xiomara como mentora no programa Habitat's programa de mentores para aquisição de casa própriaO gerente do banco, que trabalhou com ela para criar um plano para pagar os saldos altos dos cartões de crédito e quitar o carro. Eles concordaram que, em um ano, ela se candidataria novamente.
Xiomara disse que colocou "antolhos de cavalo" para se concentrar em aumentar sua pontuação de crédito. Ela só gastava dinheiro com o básico absoluto e aplicava o restante em suas contas.
"Desde que você possa pagar o aluguel, a água e a comida, não há mais nada que lhe falte, porque você tem uma meta e a meta está bem ali", disse Xiomara.
Um ano depois, quase no mesmo dia, ela se candidatou novamente e foi aprovada. Tanto o pupilo quanto o mentor ficaram muito felizes.
"A mentoria funciona", disse Liz. "Pode levar algumas semanas, meses. Pode levar até um ano."

A cadeira de rodas de William poderá se movimentar facilmente dentro e fora de sua nova casa Habitat.
Pagando adiante
Os futuros proprietários de casas precisam completar 75 horas de capital de suor, que serve como entrada para a casa. Devido à agenda de Xiomara e à pandemia de COVID-19, ela não pôde cumprir as horas de trabalho mais tradicionais no canteiro de obras.
Em vez disso, ela tem feito atos aleatórios de bondade, incluindo levar sobremesa para a equipe do consultório médico de William e doar itens para uma igreja local.
Ela adorou ajudar de pequenas maneiras e quer fazer mais, mesmo depois que suas horas de trabalho forem cumpridas.
"Encontrei ajuda por meio do Habitat e é isso que quero ser para outras pessoas", disse ela.
Ela espera que seus filhos se sintam motivados a seguir seus passos como proprietários de imóveis um dia. "Eles podem ver a realização que a mãe deles tem e o trabalho duro que eu fiz para realizar esse sonho."
Ela está ansiosa para receber a família em sua nova casa para as refeições de fim de ano e está entusiasmada com o fato de que William finalmente poderá se juntar a eles.
Para ela, o lar significa tudo.
"Segurança, paz, estabilidade emocional, estabilidade financeira", disse ela. "Jamais perderei aquilo pelo que lutei. Nunca deixarei que isso se desfaça."
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